Com o Guarani Eternamente
O Grupo Zaffari promete endurecer a disputa com a MMG pelo Brinco de Ouro. Ao perceberem que o leilão está ameaçado de cancelamento, já que a juíza Ana Cláudia Torres Vianna vê com bons olhos o pagamento antecipado oferecido pela empresa de Roberto Graziano, os investidores de Porto Alegre apontaram irregularidades na conduta dos envolvidos no processo e ameaçaram até acionar Polícia Federal e Ministério Público.
Em entrevista ao jornal Todo Dia, o advogado Dárcio Vieira Marques, representante da Maxion Empreendimentos Imobiliários (parte do Grupo Zaffari), confirmou que a conduta de Roberto Graziano e dirigentes do Guarani despertou indignação nos investidores gaúchos. Eles registraram uma petição na Justiça do Trabalho apontando incoerências, como o fato da concorrente não entrar no leilão realizado em 30 de março.
Dárcio Vieira Marques, advogado Maxion (Foto: Carlos Velardi/ EPTV)
Marques também declarou que o grupo de Porto Alegre não aceitará interferências. Caso o leilão seja anulado em benefício à Magnum, os gaúchos irão a instâncias superiores para fazer valer o direito de arrematante. Além disso, prometem não mais negociar com o Guarani, como tem feito desde março, e cumprir apenas o que a Justiça definir.
– O que a juíza pode fazer é julgar improcedentes os embargos de arrematação. Ou ela julga que aconteceu algum erro no leilão que ela mesma presidiu e anula a arrematação. Se o Guarani insistir nessa postura até o julgamento dos embargos, essa cordialidade, esse espírito de mediação terminou. A partir daí, seja o que a Justiça definir em todas as suas instâncias – disse o advogado.
Se o Guarani insistir nessa postura até o julgamento dos embargos, essa cordialidade, esse espírito de mediação terminou. A partir daí, seja o que a Justiça definir em todas as suas instâncias”-Dárcio Vieira Marques, advogado da empresa Maxion Empreendimentos Imobiliários
Desde que pagou R$ 105 milhões, o Grupo Zaffari tenta uma aproximação com dirigentes do Guarani. Depois de algumas semanas de negociação, os gaúchos aceitaram algumas exigências feitas pelo presidente Horley Senna, como a construção de um novo estádio. Mesmo assim, o cartola bugrino não esconde a preferência pela Magnum, por incluir um patrocínio mensal mais duradouro e uma porcentagem em lucros futuros do que for construído no terreno.
– Houve uma arrematação e o Guarani não pode ignorar isso. Reduzir valores (dos credores) é um direito legítimo que eles têm. Agora, quando vai para o nível da barganha, a ponto da gente ouvir no dia da assembleia de sócios os dirigentes afirmarem que preferem fazer negócios com a Magnum, isso soa muito estranho. A gente acha que isso merece uma investigação mais ampla. Não parece estranho? Você arrematou, todos puderam participar e ninguém se apresentou. E agora vem com novas propostas. Se vamos para o duelo judiciário é preciso em ir na sua plenitude – completou.
A conduta de representantes do Guarani e da Magnum foi tema de investigação do Ministério Público no início do ano. Denúncias apontavam que Graziano tinha informações privilegiadas de que a prefeitura abriria mão dos terrenos doados ao clube e que fazem parte do complexo do Brinco de Ouro. Isso colaborou para que o leilão federal de novembro fosse anulado.
Juíza do Trabalho dará uma posição após encontro com representantes dos credores (Foto: Carlos Velardi / EPTV)
FONTE: Globo Esporte Campinas (http://globoesporte.globo.com/sp/campinas-e-regiao/futebol/times/guarani/noticia/2015/06/com-leilao-ameacado-arrematante-critica-rival-e-da-ultimado-ao-bugre.html)
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