Com o Guarani Eternamente
A Copa do Mundo só serviu para aproximar Mogi Mirim e Guarani. Não em pontos, mas em futebol. Antigo líder isolado e melhor time do Grupo B, o Sapo reabriu a Série C do Campeonato Brasileiro com uma cara bem menos eficiente do que nas primeiras rodadas. Por outro lado, o Guarani usou o tempo para evoluir coletivamente, mas ainda sem mostrar força para brigar pelo G-4. Com tudo isso, o duelo entre os dois foi igual em todos os aspectos: chances criadas, erros, acertos e, claro, placar. O empate sem gols no Estádio Romildo Ferreira joga um banho de água fria nos dois e conclui que falta bastante para ser a equipe que os torcedores esperam.
Nem Rivaldo aprovou a atuação do seu Mogi Mirim. Da tribuna, o presidente fez caretas a cada jogada, que, justiça seja feita, não foram tantas assim. Vitor Xavier e Thomas não aproveitaram os poucos espaços cedidos pelo adversário. Menos mal que a defesa também soube evitar ataques bugrinos. Ainda invicto em casa, com duas vitórias e dois empates, o Sapo empata em pontos com o Caxias (14 cada), mas perde no saldo de gols (seis a cinco a favor dos gaúchos). Impossível agora não pensar se a troca de Márcio Goiano por Claudinho Batista foi um bom negócio.
Já o Guarani encerra a partida com mais motivos para ficar otimista. Evaristo Piza ganhou tempo para trabalhar e apresentou um conjunto bem mais eficiente do que o das primeiras rodadas. É preciso ajustes, especialmente ofensivos, já que a pontaria desta noite não foi das melhores. E também na armação, que mostrou-se dependente de Fumagalli, ausente nesta noite. O empate fora de casa não é bom pela tabela, já que, se vencesse o Bugre encostaria bem na parte de cima da tabela. Agora, a equipe fica em sétimo, um lugar acima do que iniciou a rodada.
Mogi e Guarani voltam a campo daqui uma semana, em confrontos importantes para definir o futuro de cada um. No sábado, o Mogi Mirim visita o Macaé, que está na beira do G-4, no Moacyrzão. Já o Bugre, depois de encarar o antigo líder, enfrenta na segunda-feira o novo dono da ponta. Na reabertura do Brinco de Ouro, encara o Caxias, às 16h.
Bugre evolui, Mogi mostra pouco
“Toma que a bola é sua”, diz um. “Não, não, pode ficar com ela”, retruca o outro. Diálogo hipotético, mas suficiente para entender o primeiro tempo no Romildão. Mogi Mirim e Guarani não quiseram a bola, e por pura estratégia. Ambos funcionam melhor quando o adversário toma a iniciativa da partida. Isso também explica o placar zerado nos 45 minutos iniciais. Estilos semelhantes, que se anularam em poucos momentos de bom futebol.
O Guarani mostrou notável evolução fora de casa. Bem postado defensivamente, soube atacar no ritmo do camisa 10, que não era Fumagalli. Mais veloz e ao mesmo tempo menos pensador, Cassinho participou dos três lances de perigo, dois deles em finalização própria. A melhor chance explodiu na marcação do Mogi, quase nos acréscimos. O Bugre alternou velocidade e jogadas aéreas, mas pecou no passe final.
Mesmo erro cometido pelo Mogi Mirim, que, ao contrário do adversário, demonstrou futebol inferior ao praticado antes da parada para a Copa do Mundo. O Sapo preferiu jogadas pelas laterais, especialmente do lado esquerdo, nas costas do ofensivo Pedro Henrique. Dessa maneira, até chegou ao gol, mas, antes de chegar a Thomas, o cruzamento de Valdir saiu pela linha de fundo. Vitor Xavier ainda desperdiçou uma finalização dentro da área. Pouco para quem sonhava em retomar a liderança nesta noite.
Fonte: Globo Esporte
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