Com o Guarani Eternamente
A confiança de que a anulação do leilão será confirmada em instâncias superiores é tão grande que Guarani e Magnum já pensam no futuro. Representantes de clube e empresa possuem um planejamento de como as dívidas trabalhistas serão pagas e do que será destinado a atletas e funcionários da atualidade. Além disso, eles iniciaram a busca por um terreno, que abrigará a futura arena do Bugre, de acordo com projeto imobiliário feito por Roberto Graziano.
A procura está em estágio inicial, mas pessoas próximas às duas partes confirmam que o estudo de mercado existe há tempos. Cogitou-se utilizar o terreno que o Guarani possui na Rodovia dos Bandeirantes para tal fim, mas a ideia não foi levada à frente. O desejo é conseguir uma área ampla, que tenha condições de receber não só uma arena com capacidade para 12 mil pessoas, como também um novo centro de treinamento.
A Magnum promete viabilizar a construção do futuro estádio do Bugre com parte dos lucros do futuro empreendimento que levantará no lugar do Brinco de Ouro. O projeto imobiliário apresentado por Roberto Graziano aos sócios prevê seis torres (comerciais e residenciais), um hotel e também um shopping. O clube terá direito a 14% do VGV (Valor Geral de Venda), excetuando lucros com hotel e shopping.
O Guarani acredita que este dinheiro é suficiente para uma arena moderna, parecida com a Arena da Fonte, em Araraquara. A capacidade reduzida também não preocupa, uma vez que o primeiro projeto prevê a ampliação, caso necessário, para até 25 mil espectadores. O centro de treinamento seria localizado no mesmo terreno, enquanto a sede social seria adaptada no terreno do atual CT, próximo ao Brinco de Ouro.
Antes dos projetos, porém, o Bugre promete acertar tudo que deve. A prioridade é pagar os quase quatro meses de atraso aos funcionários atuais, bem como manter a folha de pagamentos do futebol profissional em dia. Depois, a intenção é quitar a dívida com os credores e entrar em acordo com ex-trabalhadores, que entraram recentemente com ação contra o clube na Justiça.
Segundo acordo combinado em audiência pública, credores com até R$ 100 mil a receber terão direito a 100% do valor, enquanto os que cobram mais receberão 90% da quantia desejada. A intenção da diretoria do Guarani é gastar aproximadamente R$ 60 milhões com tudo. O restante dos R$ 105 milhões prometidos pela Magnum ficariam para as contas atuais e investimentos no elenco profissional.
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