Com o Guarani Eternamente
Fumagalli tem uma nova função no Guarani. Artilheiro na temporada, capitão e único ídolo da torcida dentro do atual elenco, o camisa 10 também é porta-voz quando os resultados são ruins. Mais uma vez, o meia foi o escolhido para falar na reapresentação dos jogadores, na tarde desta terça-feira.
Na semana em que completa uma marca expressiva com a camisa alviverde (fará 200 jogos contra o Tupi, domingo, em Campinas), o armador mostrou incômodo com o papel de “bombeiro”. Também falou sobre a crise financeira e tentou acalmar o clima, que não é dos melhores após dois tropeços em sequência na Série C.
– Por estar há mais tempo no clube, a gente acaba assumindo a responsabilidade, dando a cara nos momentos difíceis. Incomoda também, mas são ossos do ofício. Tem que assumir e procurar dar uma tranquilidade aos que estão jogando. Queremos que as coisas melhorem, que a gente viva em um ambiente melhor, com vitórias – afirmou Fumagalli, que está na terceira passagem pelo clube (2000-01, 2012-13 e do segundo semestre de 2013 até agora).
O histórico no Brinco de Ouro faz com que Fumagalli comente tudo que acontece no clube, até mesmo coisas que fogem ao seu alcance como jogador. O meia admitiu que os salários do mês ainda não foram pagos (a diretoria promete quitar o débito até 31 de maio), confirmou o atraso nos vencimentos dos funcionários e se esquivou de questionamentos sobre o superintendente Lucas Andrino. O cartola, responsável por montar o elenco desde o fim de 2014, não costuma falar com a imprensa, em especial após a eliminação na Série A2.
– Isso é uma parte pessoal do Lucas. A gente respeita o trabalho dele, a forma que ele conduz. Se ele não quer dar entrevista, é algo pessoal dele. Respondemos por nós (jogadores). Prefiro não me meter nesse quesito. Sobre salários, o presidente sempre nos colocou que pagaria dentro do mês e ainda não foi pago. Ele pagando esse mês, a gente estaria em dia – disse.
O ídolo sonha com dias melhores, até para não apagar incêndio a todo momento. Como capitão e principal líder de um elenco ainda em formação, Fumagalli aceita o papel de bombeiro como forma de colaborar para um ambiente mais leve. O meia usa a experiência para motivar os companheiros, ao dizer que futebol muda muito rapidamente. A chance de reverter o quadro é domingo, contra o Tupi, de novo em Campinas.
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– A gente tem paciência, força. Ficamos tristes, irritados em certos momentos, e acabamos desabafando, mas tem que ter tranquilidade. Futebol muda muito e rápido, de uma semana para outra. Nós, os mais velhos, temos que passar confiança a quem está chegando. A gente acredita que uma vitória contra o Tupi nos dê confiança. Acredito neste grupo. Temos condições de melhorar. Precisamos trabalhar mais, ter mais dedicação, melhorar entrosamento para a gente buscar a reabilitação o quanto antes.
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