Com o Guarani Eternamente
O Guarani entrou em campo na tarde deste domingo precisando da vitória para não se complicar na briga pelo G-4 da Série A2 do Paulista. O jejum de três jogos já começava a incomodar. Do outro lado, o lanterna da competição. Muito mais na base da superação do que da técnica, o Bugre fez o dever de casa e bateu o Catanduvense por 1 a 0, pela sétima rodada. Se deixou a desejar com a bola nos pés, exceção ao gol de Bruno Pacheco, ainda no primeiro tempo, o Guarani mostrou raça e entrega para, mesmo com duas expulsões, se recuperar diante de 4601 torcedores e uma renda de R$ 41.270,00.
Praticamente na única jogada efetiva de ataque do Bugre em toda a partida, o lateral-esquerdo Bruno Pacheco soltou uma bomba para garantir o triunfo e recolocar a equipe na cola do grupo de acesso. Em sexto colocado, tem 13 pontos, um a menos que o Oeste, atual quarto colocado. Para o Catanduvense, a derrota amplia o martírio. É o único time que ainda não venceu e amarga a última colocação, com três pontos. As equipes voltam a campo no próximo sábado. O Bugre visita o Comercial, às 19h, enquanto enfrenta o Guaratinguetá, fora, no duelo entre os dois piores times da A2.
O número de três expulsões mostra que o espetáculo ficou em segundo plano. Nunes deixou o Guarani com um a menos ainda no primeiro tempo, por reclamação. Depois, na etapa final, Juninho fez falta dura no meio de campo e deixou os times numericamente iguais. Por fim, Cris, que já tinha cartão amarelo, levou o segundo e voltou a deixar o Guarani com um a menos nos minutos finais.
O jogo
O Catanduvense surpreendeu com uma postura agressiva no começo. Leandro ditava o ritmo da equipe, enquanto o Guarani mostrava dificuldade para se encontrar do meio para a frente. No momento em que os visitantes eram superiores, Bruno Pacheco tranquilizou a torcida alviverde ao aparecer na área e soltar uma bomba para abrir o placar, aos 17 minutos. O gol poderia ajudar o Bugre a se impor, mas a expulsão de Nunes, aos 27, por reclamação, atrapalhou tudo. Sem a referência ofensiva, o Guarani até rondava a área, mas não ameaçava. O Catanduvense tentou tirar proveito da vantagem numérica na base do abafa, mas parou na atuação segura da defesa alviverde, principalmente de Cris.
No retorno do intervalo, Marcelo Veiga deu a dica do que era preciso para o Guarani segurar o resultado: atenção e determinação na defesa. O Bugre mostrou as duas coisas e evitou uma pressão inicial do Catanduvense. A situação ficou sob controle quando Juninho foi expulso, deixando os dois times numericamente iguais. Com Fumagalli e Malaquias, o Guarani quase liquidou a fatura. Mas parou em Guilherme. Quando o Catanduvense demonstrava sinais de fraqueza, Cris, até então um dos melhores do Bugre, recebeu o segundo amarelo e voltou a deixar o Guarani com um homem a menos aos 37 minutos. A partir daí, o Catanduvense partiu para o abafa. Neneca cresceu, os atletas de linha se entregaram ao máximo, e o Bugre garantiu a vitória.
Fonte: Globo Esporte
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