Com o Guarani Eternamente
A superioridade técnica do Guarani fez diferença novamente em Bragança Paulista. Com um gramado de qualidade para jogar futebol, o Bugre teve até condições de arriscar jogadas que não se parecem com a Série A2. Tudo em direção ao gol. Que o diga Gustavo Bastos, zagueiro-artilheiro que, com uma meia bicicleta, abriu o caminho para a vitória por 2 a 1 sobre a Ferroviária, nesta quarta-feira à noite, no Estádio Nabi Abi Chedid, pelo complemento da oitava rodada do Campeonato Paulista. Ricardo Oliveira completou o marcador favorável ao alviverde, cada vez mais em casa mesmo longe de Campinas. Alcides, também em bola área, fez o único dos visitantes.
A atuação bugrina, apesar de um começo pouco envolvente, teve a consistência como ponto forte. Com três volantes, o Guarani soube evitar o ataque da Ferroviária e matou a partida nas bolas paradas. Os dois gols saíram em dois levantamentos de Fumagalli, que Bastos e Oliveira completaram com firmeza.
A Ferrinha, mais ofensiva desde o fim da primeira etapa, tentou a reação, mas pouco assustou o gol de Douglas e Léo (que entrou por contusão do titular). A chance de diminuir o placar surgiu em um erro do goleiro, que saiu mal e entregou de bandeja a bola para Alcides, sem marcação e com o gol vazio.
Esta é a segunda vitória consecutiva do Guarani no campeonato, ambas em Bragança Paulista. A reação após tropeços colocou a equipe na cola dos primeiros colocados. Se tinha diminuído a distância no fim de semana, o Bugre agora está a um passo do G-4. Tem 14 pontos, um a menos que o Batatais, que nesta quarta venceu o Grêmio Barueri. São Bento, RB Brasil (18 cada) e Capivariano (17) completam o grupo.
Enquanto o Guarani se vê cada vez mais perto do objetivo, a Ferroviária não sai do lugar. A equipe grená volta para Araraquara com mais uma derrota na conta, mas segue exatamente na metade da classificação. Tem dez pontos, em 11º lugar, com três de vantagem para a zona de rebaixamento e cinco abaixo do G-4. Ao menos em números, a Ferrinha começa a se preocupar mais com a parte inferior.
A chance de arrancar ou se recuperar é no fim de semana. Em baixa, a Ferroviária recebe o Marília na Fonte Luminosa, sábado, às 16h, na tentativa de encontrar a vitória que não vem há três rodadas. O Guarani, por sua vez, busca a quarta partida invicta no domingo, às 10h, contra o Mirassol, fora de casa.
O jogo
A Ferroviária começou o duelo mais à vontade. Time técnico e ofensivo, impediu a saída de bola do Guarani na altura do meio-campo e trocou passes com o intuito de dominar o confronto. Ao menos em tempo com a bola no pé, conseguiu. O time de Araraquara só não teve a penetração que sobrou ao Bugre, que, no restante do primeiro tempo, assumiu o controle do duelo e foi mais incisivo no ataque.
Depois de encaixar o jogo, a equipe de Márcio Fernandes não demorou para abrir a contagem. Gustavo Bastos recebeu de Eduardo Eré e, com uma linda meia bicicleta, acertou o canto esquerdo de Everton. O golaço empolgou o Guarani, que, minutos depois, usou novamente uma bola parada para ampliar. Ricardo Oliveira completou cruzamento de Fumagalli e testou para as redes.
O time da casa seguiu superior no segundo tempo. A ponto de criar duas, três, quatro chances boas para ampliar e garantir tranquilidade nos minutos finais. O azar bugrino foi a noite inspirada de Everton, que brilhou na etapa final. Em uma das muitas defesas, o goleiro salvou um gol feito dos pés de Jefferson Feijão, já na pequena área. A atuação do arqueiro foi decisiva de um lado e também pesou no outro.
Substituto de Douglas, com lesão muscular, Léo falhou ao não cortar cruzamento que resultou na finalização de Alcides. A Ferroviária intensificou a pressão, mas o Guarani, mesmo sem Fabinho, foi superior nos contra-ataques. Roninho deixou Esquerdinha em reais condições de marcar o terceiro, mas o meia jogou para fora, lance que, pelo placar, não fez tanta falta.
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