Com o Guarani Eternamente
Muito se falou durante a última semana sobre a negociação do entorno do Estádio Brinco de Ouro da Princesa. Especulações das mais diversas surgiram sobre o assunto nos mais variados meios de comunicação e entre a família Bugrina em geral.
Como este site preza pela credibilidade da informação e busca trazer as notícias da forma mais clara e objetiva possível aos bugrinos para que cada um tire suas conclusões sobre os mais variados assuntos relacionados ao Guarani, fui direto a fonte para buscar as informações mais corretas possíveis para poder discorrer sobre o assunto venda do entorno.
Na última semana surgiu um suposto documento da Emdec com diversas exigências que o Guarani teria de arcar para poder viabilizar seus projetos no entorno do Estádio Brinco de Ouro da Princesa. O fato é que realmente existe esse documento da Emdec, assim com existem 7 outros documentos que fazem parte do processo de aprovação do projeto do Guarani, que se encontram no GAPE (Grupo de Análise de Projetos Específicos) e fazem parte das exigências da Prefeitura para aprovação de qualquer projeto na cidade. Dentre as 8 diferentes pastas, estão essa da Emdec (pelo qual o documento vazou), estão também a Sanasa e outras áreas da prefeitura que requerem aprovações técnicas.
O documento da Emdec que rodou pela rede e pela imprensa na ultima semana é extra oficial, pois segundo membros da Comissão Imobiliária do Guarani, o mesmo ainda não foi notificado oficialmente pelo GAPE para que tenha acesso a toda a documentação exigida para dar continuidade no processo de negociação. Neste documento especificamente constam 15 exigências que a Emdec faz em relação ao tráfego no local do empreendimento e seu entorno. Segundo Marcelo Galli e Odil França, membros da Comissão Imobiliária, as exigências de obras que o Guarani deve executar, mas devem ser feitos estudos sobre os pedidos da Emdec para que haja melhoria no trânsito da região, já que um grande empreendimento requer uma intervenção urbanística grande e uma mudança grande na região em questão. Ainda segundo Galli, essas exigências feitas pela Emdec já eram esperadas pela comissão e pelo Guarani e estão dentro do valor estimado para as mesmas e que, de forma alguma, a viabilidade do projeto será afetada.
Odil França também concedeu entrevista para a Rádio Bandeirantes na noite de sexta feira para tratar deste assunto. Durante a entrevista, ele disse que o documento é positivo e otimista pois não tem nada de absurdo no projeto. Segundo ele, o Valor Geral de Venda do Guarani se aproxima de R$1,3 bilhões e absorve esses custos exigidos pelo GAPE. Prosseguindo na entrevista, Odil lembra que o projeto não será bom somente para o Guarani, mas também para toda a cidade de Campinas, que trará benefícios para toda a população. Ele disse ainda que o Guarani segue em negociação com a prefeitura e, concomitante a isso, a conversa com investidores e grandes empresas que tem interesse no projeto. Segunde ele, todos os projetos serão apresentados para o Conselho e para os Sócios, que serão os únicos que decidirão o futuro do patrimônio do Guarani Futebol Clube.
A seguir, as supostas exigências no documento da EMDEC:
Elencaremos a seguir algumas adaptações que o entorno do empreendimento deverá receber para absorver a nova demanda que ele irá gerar e que deverão estar contempladas na proposta deste Estudo:
1) Definição exata, em projeto, dos vários acessos ao empreendimento e respectivas faixas de desaceleração;
2) Indicar no projeto a criação de alternativa de acesso pela Avenida Guarani, com a finalidade de reduzir os acessos pela Avenida Princesa D’Oeste;
3) Estudo de criação de nova transposição do córrego da Avenida Princesa D’Oeste, próximo da Rua Avelino Amaral e continuação da Rua Uruguaiana;
4) Na proposta e projetar estacionamento para o novo estádio, indicando o número de vagas e acessos, bem como a capacidade de público para lotação do estádio;
5) Estudo de implantação de transposição em desnível da Avenida Dr. Moraes Sales e Avenida Dr. Jesuíno Marcondes Machado;
6) Estudo de implantação de faixas adicionais de rolamento ao longo da Avenida Princesa D’Oeste, nos dois sentidos;
7) Prolongamento da Rua Geraldo de Castro Andrade até a Rua Afrânio Ferreira Junior, com transposição de córrego para facilitar o acesso dos bairros das regiões leste e sudeste;
8) Estudo de melhoria na transposição de córrego ligando a Rua Dr. Domingos Ademar Boldrini e Rua Salim Feres;
9) Estudo dos cruzamentos nos pontos críticos:
• Av. Princesa D’Oeste X Av. Ayrton Senna da Silva
• Av. Princesa D’Oeste X Rua General Marcondes Salgado X Av. Dr. Moraes Sales
• Av. Ayrton Senna da Silva X Av. Monte Castelo
10) Modernização semafórica dos equipamentos do entorno;
11) Melhoria da circulação e programação semafórica veicular no cruzamento da Avenida Imperatriz Dona Tereza Cristina com Avenida Guarani;
12) Estudo de requalificação dos pontos de ônibus do entorno, com implantação de abrigos;
13) Estudo completo de acessibilidade em atendimento às disposições da NBR 9050/04;
14) Todos os projetos das intervenções acima descritas deverão ser apresentados para a EMDEC e Prefeitura Municipal de Campinas, para aprovação dos órgãos competentes;
15) Todas as intervenções deverão ser executadas as expensas do empreendedor;
Em face do exposto acima, do ponto de vista de trânsito, no que diz respeito ao sistema viário, aguardando o Estudo de Tráfego citado para darmos um parecer final quanto à implantação do empreendimento em questão.
O site Guerreiros da Tribo abre o espaço para discussão de toda a coletividade bugrina acerca do assunto, pois só com comprometimento e dedicação poderemos fazer um Guarani grande novamente.
Em tempo: Tentaremos contato com o Prefeito Jonas Donizete e o Presidente do GAPE para maiores esclarecimentos sobre o andamento do processo.
Segue a baixo algumas imagens que circulam na internet do novo projeto (As três primeiras imagens são da venda do entorno, e as outras três são imagens que circulam na internet de possíveis projetos):
Hugo Toschi
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