Com o Guarani Eternamente
O Guarani mudou. De fato, (um pouco) para melhor. Mas não o suficiente para confirmar a primeira vitória na Série A-2 do Campeonato
Paulista. Postado de maneira mais segura na defesa, o Bugre pecou nas poucas chances que teve no ataque. Resultado: um 0 a 0 contra o Grêmio Osasco, em Bragança Paulista, que atrapalha os planos de arrancada e aumenta a desconfiança em relação à equipe após duas rodadas pouco inspiradas.
A atuação na primeira partida como mandante, no Nabi Abi Chedid, traduziu o repertório limitado do ataque alviverde. O Guarani mostra-se dependente de atletas que ainda não estão no auge físico, como Fumagalli (bolas paradas) e Fabinho (desafogo pela velocidade nas pontas). Os coadjuvantes ainda não se mostraram úteis também: Medina errou muitos cruzamentos, Eduardo Eré sucumbiu à timidez e Giba é pouco acionado.
Restam pontos positivos: Jorge Luiz, como companheiro de Gustavo Bastos, ganhou quase todas as jogadas que disputou e entrou na equipe titular para ficar. Diego Souza é o coração do meio-campo, mas sente falta de um companheiro para desafogá-lo. No ataque, Giba pode ser útil quando os colegas entrarem em forma (novamente acertou uma bola na trave). Fumagalli, impedido, teve gol anulado no fim do jogo.
No próximo domingo à tarde, às 16h, o Guarani busca a reação que a torcida já começa a cobrar contra o São José.
Dificuldade de criação empaca Bugre e GEO
Guarani e Osasco mostraram um pobre repertório ofensivo no primeiro tempo em Bragança Paulista. As mudanças feitas por Márcio Fernandes após a derrota na estreia apenas foram úteis à defesa, que ganhou a segurança de Jorge Luiz e um posicionamento mais firme de Wellyson na contenção. Tais peças, aliadas à clara dificuldade de criação do time visitante, deram segurança a Douglas e impediram o ataque mais eficiente do GEO.
Do outro lado do campo, o Bugre viveu de lampejos isolados: arrancadas pouco inspiradas de Fabinho. ritmo cadenciado de Fumagalli (que criou duas chances, de cabeça e em chute de longe, ambas defendidas por Jeferson) ou avanços de Medina pela lateral direita (o jovem comportou-se como um ponta, deixando a obrigação de marcar para Eduardo Eré).
Tais pílulas de sobriedade não foram suficientes para construir um placar favorável. Apesar de ter mais posse de bola e controle quase que total da partida, o Guarani mostrou dificuldade na criação. Nem quando acertou o gol esteve, de fato, próximo de marcar. Ao menos, serviu para segurar o Osasco, que viveu de ligações diretas entre defesa e ataque e abdicou de incomodar Douglas.
Duelo democrático até nos erros
A partida ficou mais democrática no segundo tempo. Em dez minutos, o Osasco criou três oportunidades de perigo. Na primeira, Ingro mandou para fora. João Paulo, na sequência, forçou grande defesa de Douglas no canto direito. Após escanteio, o time visitante ainda acertou a trave direita do goleiro. Foram os melhores momentos do GEO em Bragança Paulista.
O Guarani, aos poucos, recuperou o controle, mas pecou na hora que não podia. Fernando, uma das apostas de Márcio Fernandes para a segunda etapa, desperdiçou a chance de estrear nos braços da torcida ao perder gol livre na grande área. Roninho, na vaga de Giba, deu a velocidade que faltava pelo lado direito, mas ainda faltou profundidade.
Aproveitando o recuo excessivo do Osasco, o Bugre passou a pressionar, mas só com uma jogada: bola aérea. Dessa forma, até chegou ao gol com Fumagalli, mas o capitão estava impedido. A tentativa de sair com a vitória limitou-se aos cruzamentos da lateral, em que nenhum bugrino foi capaz de desviar para o gol de Jeferson. Alívio do Osasco, que arranca um segundo empate. Desespero do Guarani, que já começa a ficar nervoso pelo jogo não fluir como deveria.
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